terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Zinaida Evgenievna Serebriakova


Zinaida Evgenievna Serebriakova (Carcóvia, 1884 — Paris, 1967) foi uma das mais prestigiadas e conhecidas pintoras modernistas russas.

Filha do escultor Evgenii Lancerey, que morreu prematuramente em 1886, e neta do arquitecto Nikolai Benois, Zinaida nasceu no seio de um ambiente que a previligiava entre outros artistas.

A sua paixão pela pintura e pelas restantes artes cresceu assim que visitou a Itália e, assim, a encantadora "cidade dos canais", Veneza, que quase sempre (incluíndo naquela época) foi um dos maiores centros artísticos do Mundo.

Iniciou a sua formação artística na Escola da Princesa Maria Tenisheva, em Talashkino, no ano de 1901, completando-a em Paris, na Académie de la Grande Chaumiére, onde foi aluna de Ossip Braz, que muito a influenciou na sua obra.

Membro do World of Art em 1911, participou em diversas exposições em todo o Mundo, desde 1910, entre elas uma em Toronto, em 1925, uma em Los Angeles, em 1925, uma em Bruxelas, em 1928, duas em Paris, uma em 1928 e outra em 1932, uma em Moscovo, em 1927, e, no mesmo ano, uma em Antuérpia. Para além de todos estas pródigas exposições, Zinaida expôs igualmente no Japão, nas cidades de Tóquio, Osaka, entre outras.

Mulher nua dormindo, um dos seus mais conhecidos quadros, data de 1931. Contudo, as suas mais famosas obras são, sem dúvida, Pastores, concebida em 1914, e No pequeno-almoço, datando esta do mesmo ano que a anteriormente referida.

A sua técnica, facilmente identificável, diferencia-se de todos os outros pintores russos da sua época, sendo que em cada pincelada Zinaida exprime emoção, dinamismo, vivacidade, calor e erotísmo. Os seus nus são particularmente bonitos e expressivos, embora incomparável com uma obra expressionista.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zinaida_Evgenievna_Serebriakova

sábado, 10 de abril de 2010

Amedeo Modigliani


Nascido em uma próspera família judaica, estudou em Veneza e Florença, antes de se fixar em Paris, em 1906. Instalou-se inicialmente em Montmartre, mudando-se depois para Montparnasse, onde retrataria algumas de suas figuras mais conhecidas. Casou-se com uma pintora de 17 anos, Jeanne Hebuterne, que, grávida, se matou no dia em que Modigliani foi enterrado.

Modigliani pode ser considerado um autodidata, apesar dos estudos feitos na mocidade. As maiores influências, que persistem ao longo de toda a sua obra, são a pintura renascentista de Siena e as esculturas africanas.

Ao fixar-se em Montmartre, em 1906, Modigliani não trava relações com os principais artistas que ali viviam, nem mesmo com Picasso, que já se tornara famoso. A companhia freqüente de Modigliani, nessa fase, é Maurice Utrillo, que o inicia no hábito das bebidas e drogas, que lhe arruinariam a saúde.

Só ao final desse período é que Modigliani faz uma obra considerada entre as suas mais importantes: o quadro "O violoncelista", exposto no Salão dos Independentes de 1909.Nos anos seguintes, Modigliani parece ter abandonado a pintura. Muda-se para Montparnasse, onde se torna amigo do escultor Brancusi. O cubismo causa-lhe profunda impressão. Admira também a pintura de Cézanne. A arte africana e as reminiscências da pintura sienesa dão aos seus trabalhos de escultura - que faz por influência de Brancusi - as características principais.

Em 1914, por razões financeiras, retorna definitivamente à pintura. Embora a curta fase final da carreira de Modigliani seja considerada a mais importante, desde o princípio seus trabalhos possuem um estilo inconfundível: figuras alongadas, de pescoço comprido, rosto oval ligeiramente inclinado e olhos marcados por dois pequenos pontos, mas com a leve alusão de um sorriso.


Muda aceitação da vida
Seu admirável domínio da cor é completado por um quase despojamento da figura, em que muitos quiseram ver a marca de sua inclinação para a escultura.

Nos últimos anos da vida, pinta quase só retratos e nus femininos. A sensualidade de suas figuras não está em suas carnes, mas no movimento e alongamento que o pintor lhes dá. Modigliani tem o raro dom de conseguir uma empatia entre o espectador e os seus retratos.

Pelo despojamento, pela estilização, Modigliani atinge, em suas melhores obras, a uma monumentalidade penetrada de um sereno hieratismo. Seus retratos de crianças, em particular, são de emocionante simplicidade.

Entretanto, a graça às vezes pode se converter em maneirismo, e a monumentalidade em rigidez. Alguns estudiosos já observaram que algumas das deformações elegantes de Modigliani produzem uma impressão de gratuidade, senão de monotonia.
Além disso, a "expressão de muda aceitação da vida", que define, segundo o próprio Modigliani, a alma de seus modelos, pode não satisfazer a quem aprecia emoções mais fortes. Mas essas mesmas características fazem a singularidade e o encanto de sua obra.


Enciclopédia Mirador Internacional

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Teseu e o Minotauro


Teseu é um dos principais heróis da mitologia grega. Segundo a lenda, Teseu matou o mostro Minotauro, criatura mitológica que viva na ilha de Creta: metade homem, metade touro.
Minos, o rei de Creta, exigia que a cada sete anos, fossem enviados até a ilha de Minos sete rapazes e sete moças atenienses. Eles eram obrigados a entrarem em um labirinto que jamais conseguiriam encontrar a saída. Dentro do labirinto estava o Minotauro que devoravam os jovens.
Adriadne, filha do rei de Creta, apaixonada por Teseu, filho de Ageu rei de Atenas, resolveu ajudá-lo a matar o terrível mostro. Entregou a ele uma bola de linha. Teseu amarrou a ponta da linha na porta de entrada do labirinto e foi caminhando e desenrolando o novelo. Assim Teseu saberia voltar do labirinto. Quando Teseu encontrou o Minotauro no meio do labirinto matou-o com uma espada mágica que Ariadne havia lhe dado e voltou são e salvo do terrivel labirinto.

domingo, 29 de junho de 2008

Teatro de Santa Isabel


A idéia de construir um teatro público no Recife foi do então presidente da província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, Barão, Visconde e depois Conde da Boa Vista.
Em 30 de abril de 1839, ele assinou a Lei número 74, autorizando a construção de um teatro público para a cidade.
A Província não dispunha, na época, de profissionais qualificados, como engenheiros e arquitetos, nem sequer pedreiros ou carpinteiros especializados. Os poucos engenheiros que existiam tinham formação militar.
Para viabilizar o seu projeto de Governo, Rego Barros promoveu a vinda de inúmeros profissionais europeus, engenheiros, matemáticos, técnicos e operários, entre eles, Louis Léger Vauthier, o engenheiro responsável pela execução do projeto do novo teatro, que chegou ao Recife, em setembro de 1840.
O primeiro projeto elaborado por Vauthier, cujo orçamento era de 400 contos, foi rejeitado devido ao seu alto custo. O projeto definitivo, estimado em 240 contos, foi aprovado em fevereiro de 1841, sendo as obras iniciadas no mês de abril. O local escolhido foi o então chamado Campo do Erário, onde só havia areia. Atualmente é a Praça da República.
Durante todo o período de construção era chamado de Teatro de Pernambuco. Só pouco antes da sua inauguração, em 18 de maio de 1850 o seu nome foi mudado para Teatro de Santa Isabel, em homenagem à Princesa Isabel, filha do Imperador Pedro II. A sugestão para a homenagem partiu do então governador da Província de Pernambuco, Hermeto Carneiro Leão. A peça apresentada no dia da inauguração foi O pajem d`Aljubarrata, do escritor português Mendes Leal.
O Teatro de Santa Isabel era a grande casa de espetáculos da cidade, lugar de divertimento, convivência social e também de exercício da cidadania. Segundo Joaquim Nabuco, foi no Santa Isabel que se ganhou a causa da Abolição, referindo-se a seus discursos e eventos lá realizados.
No século XIX, as companhias que se apresentavam no Teatro Santa Isabel eram, na sua maioria, administradas por empresários, que firmavam contratos por longas temporadas. O Teatro também recebia companhias líricas estrangeiras, entre as quais, a Companhia Lyrica Italiana G. Marinangelli, que apresentou a ópera La traviata, em 1858.
Em 1859, o Teatro recebeu seu mais ilustre convidado, o Imperador Pedro II, que visitando as províncias do Norte, passou seu aniversário no Recife e foi homenageado com um espetáculo de gala no Santa Isabel.
No dia 19 de setembro de 1869, o Teatro foi quase que totalmente destruído por um incêndio, que deixou de pé apenas as paredes laterais, o alpendre e o pórtico, sendo construído, em madeira, como uma substituição temporária, no Campo das Princesas, o Pavilhão Santa Isabel.
Foi uma grande perda, mas a sua reconstrução trouxe importantes modificações: a colocação de uma estrutura de ferro para suportar os camarotes, modificações na decoração e um prolongamento do corpo central do edifício, entre outras.
A orientação vinha de Louis Léger Vauthier, que mesmo estando em Paris, teve as suas recomendações respeitadas pelo engenheiro José Tibúrcio Pereira de Magalhães, responsável pelas obras de reconstrução do Teatro. O Santa Isabel foi reinaugurado no dia 16 de dezembro de 1876.
Em 1916, no governo de Manoel Borba, houve mais uma intervenção com a instalação de luz elétrica, reforma total da canalização de gás, substituição do pano de boca por um importado da Inglaterra e reparos gerais de conservação do prédio.
Em 1936, também houve novas reformas gerais, assim como as que foram feitas por ocasião do seu centenário, em 1950, quando era governador de Pernambuco, Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, Moraes Rego, prefeito do Recife e Valdemar de Oliveira, o diretor do Teatro. O Santa Isabel pertenceu ora ao Estado ora ao Município. A partir de 1949, no entanto, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como propriedade da Prefeitura do Recife.
Houve ainda obras de restauração nos anos de 1970, 1977 e entre 1983 e 1985 inúmeros benefícios foram realizados no Santa Isabel.
Em 2000 foi iniciada uma outra reforma que exigiu intervenções para assegurar a preservação do prédio, retomar algumas feições originais, dar mais segurança aos seus freqüentadores e mais espaços e recursos para a realização dos espetáculos. Dessa última reforma, a Fundação Joaquim Nabuco participou, através do trabalho de técnicos do seu Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte - Laborarte

Fonte: Fundação Joaquim Nabuco

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Zeppelin


Os balões dirigíveis conhecidos como Zeppelin, foram criados pelo alemão Ferdinand Von Zeppelin, seu primeiro dirigível o LZ1, tinha 128 metros de comprimento por 12 metros de diâmetro, dois motores de 16hp, armazenando grande quantidade de gás, tendo feito o primeiro vôo em 2 de julho de 1900.
A partir de 1930 os dirigíveis iniciaram as escalas no Jequiá, bairro do Recife em Pernambuco, encerrado suas atividades em 1936. O primeiro pouso aconteceu em 22 de maio de 1930, inaugurando a primeira linha de transporte aéreo comercial entre a Europa e o Brasil. Era o Graf Zeppelin. No local do pouso para os dirigíveis foram instaladas uma usina de gás e um pavilhão para os passageiros; a Torre de Atracação de 19 metros de altura, que fixava o dirigível no solo, ainda hoje está em pé, sendo a única do mundo. O Zeppelin levou somente 67,24 horas no seu vôo mais rápido de Friedrichshafen (Alemanha) a Recife (Brasil). Entre os dias 18 e 21 de setembro de 1932. O dirigível Hindenburg (LZ 130) oferecia cabines de luxo para 72 passageiros. O dirigível Zeppelin (LZ 127) transportou ao todo 3.360 passageiros entre a Europa e América do Sul, fazendo escala no Recife.
O transporte por dirigível terminou em 1937 quando o Hindenburg incendiou-se em New Jersey nos Estados unidos matando 35 pessoas.


sexta-feira, 14 de março de 2008

A Casa Navio

Na Avenida Boa Viagem nº. 400 no Recife, Pernambuco, existiu uma curiosa casa no formato de navio, construída em 1940, a casa pertencia ao empresário Aldemar da Costa Carvalho com arquitetura semelhante ao navio Queen Elizabeth, com sala de reunião, quartos, suítes, salão de jogos, cinema, restaurante e até uma cabine de comando com todos os equipamentos originais de navio. A casa virou cartão postal, e foi filmada pela Metro Golden Meyer, de Hollyooh, e hospedou diplomatas e até presidentes. Foi demolida em 1981, para a construção de um edifício.

domingo, 28 de outubro de 2007

Mercado de São José



O Mercado de São José é o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, exportado da Europa para o Recife, no final do século XIX.
Foi projetado pelo engenheiro da Câmara Municipal do Recife, J. Louis Lieuthier, em 1871, que se inspirou no Mercado de Grenelle, de Paris, e construído pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier responsável também pela construção do Teatro de Santa Isabel.
O Mercado de São José foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1875 e assim chamado por ter sido edificado no bairro de São José. Foi construído no mesmo local do antigo Largo da Ribeira do Peixe, onde eram comercializadas várias mercadorias para o consumo da cidade do Recife.
Passou desde a sua criação por algumas reformas, como a de 1906, cujas obras duraram dez meses e a de 1941, quando foram colocados os combogós de cimento, em substituição às venezianas de madeira e vidro. Ambas modificaram a sua feição original mas deixaram intacta sua estrutura de ferro.
Em novembro de 1989, uma parte do Mercado foi destruída por um incêndio que danificou sua estrutura. As obras de reconstrução só foram iniciadas quatro anos depois, em 1993, e sua reinauguração ocorreu em 12 de março de 1994.
Antigamente, lá se apresentavam mágicos, acrobatas, ventríloquos, ouvia-se sons de pandeiros, zabumbas, cavaquinhos e sanfonas e havia muitos tipos populares, hoje, em grande parte, ausentes do local. O Mercado já foi o maior centro no Recife de cantadores, emboladores e da literatura de cordel.
Do ponto de vista arquitetônico é um monumento nacional que não faz parte apenas do patrimônio cultural do Brasil, mas também da humanidade, pois se constitui num raro exemplar da arquitetura típica do ferro, no século XIX.
Atualmente, com seus 46 pavilhões, 561 boxes cobertos e 80 compartimentos na sua área externa, além de 24 outros destinados a peixes, 12 a crustáceos e 80 para carnes e frutas, o Mercado de São José é um local onde se encontra o melhor do artesanato regional, comidas típicas, folhetos de cordel, ervas medicinais, artigos para cultos afro-brasileiros, sendo também um importante centro de abastecimento do bairro de São José e um ponto de atração turística na cidade do Recife.
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco